Os noticiários e as crianças: como lidar?

28.Setembro.2020
 
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Notícias chocantes são comuns hoje em dia. Os jornais e meios de comunicação, cada vez mais interligados exibem frequentemente, vídeos e imagens dos fatos reais, que podem ser assustadoras para os adultos, quanto mais para as crianças! Diante dessa situação, como ajudar nossos filhos a lidar com tantas notícias ruins?

Os pré-adolescentes e as crianças pequenas, não têm maturidade emocional para lidar constantemente com notícias trágicas, por isso, podem ficar tristes, ansiosos, podendo até acreditar que o evento noticiado irá acontecer com ela mesma ou com a sua família. Se elas assistem a mesma notícia repetidas vezes, também podem acreditar que aquilo de fato aconteceu diversas vezes. Além disso, as crianças não sabem o que está por trás de notícias sensacionalistas editadas para chamar a atenção de um público grande.

Mais cedo ou mais tarde, é inevitável que a criança entre em contato com a realidade, apesar disso, se os pais agirem com sensatez, será possível amenizar o impacto desse encontro.
Listamos três dicas práticas que vão ajudar nesse processo:

Moderem a quantidade de notícias que seus filhos assistem.
Faz-se importante acompanhar o conteúdo que as crianças estão tendo acesso, como também, dosar o tempo em que passam engajadas nestes assuntos; moderar esta permanência não significa deixá-las alienadas, mas sim, direcioná-las para o que realmente lhes é necessário saber no momento. É importante a criança ter acesso aos fatos, mas o equilíbrio e a supervisão de seus responsáveis são fundamentais para que o contato com as informações e notícias seja o mais benéfico e proveitoso possível para ela. Assim como, a quantidade de água precisa ser controlada ao regar uma plantinha para que ela cresça com vigor, pais sensatos regulam o tipo de informação que seus filhos têm acesso.

Ajude seus filhos a entender a realidade por trás das notícias.
Contribua para o entendimento de seu filho ao assistir o noticiário, aproveite o momento para fazer associações com situações que já são de seu conhecimento, questione-o sobre suas impressões diante do que está sendo noticiado e até mesmo sobre seus sentimentos. Favoreça o desenvolvimento do pensamento crítico, do posicionamento e da reflexão, aproveite para evidenciar a importância sobre ouvir e respeitar diferentes opiniões. 
Atente-se a notícias que podem auxiliar no aprendizado sobre os cuidados diante de determinados perigos.  Por exemplo, uma reportagem sobre sequestro possibilita a explicação sobre quais precauções devem adotar para estarem mais seguros ou para evitar (diminuir as chances) que este tipo de situação aconteça com eles. Ou também, se uma tragédia acontece próxima a sua localidade e muitas pessoas perdem seus pertences, é possível propor diálogos sobre compaixão e generosidade, que podem se expandir para atos em prol do outro, como a doação de roupas e alimentos, permitindo o envolvimento da criança no processo. 

Escute seus filhos com atenção e demonstre interesse pelo o que está sendo dito.
Em muitos casos, as crianças podem apresentar comportamentos atípicos para manifestar o desconforto, a angústia ou a incompreensão, após assistirem reportagens que noticiavam assuntos delicados e/ou distantes da realidade delas. Podem expressar esses sentimentos através de birras, agressividade, se isolando e/ou se aquietando. Estes comportamentos variam de acordo com a faixa etária da criança e consequentemente, com seu repertório comunicativo e de compreensão emocional.
Procure propor momentos de diálogo entre os familiares com frequência. Rodas de conversa com temas livres em que todos possam trazer suas percepções sobre as vivências do dia e também, ocasiões em que possam dividir opiniões e sentimentos diante de alguma notícia ou atualidade, lembrando sempre que todas as falas são importantes e merecem serem ouvidas por todos da família. 
Ao conversar com as crianças, faça o possível para as olharem nos olhos, acolhê-las e se interessarem pelo o que estão relatando, assim você promove também, respeito e empatia entre vocês. Deixe os eletrônicos desligados e se envolva por inteiro nestes minutos que fortalecerão os vínculos familiares e consequentemente a autoconfiança de seus filhos.

Procure dialogar com os pequenos utilizando palavras que facilitem a compreensão das reportagens e se esforce para acompanhar o que eles estão acessando, não somente para supervisionar o conteúdo, mas também, para agregar nos momentos de conversa, pois assim você terá mais elementos para “puxar assunto” com eles. 
É papel dos pais estimular a autonomia das crianças a partir de situações do dia a dia, infelizmente, não é possível construir uma muralha em volta delas para blindá-las de todo o mal existente no mundo, mas garantir acesso à informação para que tenham conhecimento sobre a realidade em que vivem e também, para que desenvolvam gradualmente seu próprio repertório emocional, é sem dúvidas, viável e necessário para que cresçam como protagonistas de suas próprias vidas. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
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