O livre brincar e o desenvolvimento escolar
28.Setembro.2022

As brincadeiras e interações são eixos estruturantes da proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil. E por longos períodos nesses mais de dois anos de pandemia, muitas crianças foram impedidas de frequentar parques e ambientes coletivos, diminuindo assim a possibilidade de interação com outras crianças.
“E esta sociabilização é extremamente importante e necessária, principalmente para os menores, que estão em fase de construção de repertório”, explica a coordenadora da Educação Infantil do Colégio Divino Salvador, Lia Mara dos Santos. A educadora destaca que a possibilidade de estar em contato com outras crianças em momentos de descontração também é um grande aprendizado nesta fase.
Segundo ela, é por meio das brincadeiras que a criança desenvolve a criatividade, a autonomia, a tomada de decisões e a reflexão. “O brincar contribui diretamente para uma formação completa, porque engloba os campos sociais, afetivos, culturais, cognitivos, emocionais e físicos”, explica.
A coordenadora conta que com o retorno do ensino presencial, ao longo de 2022 o processo essencial era estimular as brincadeiras e a interatividade entre os alunos, principalmente os menores, que não tiveram a oportunidade frequentar escola presencial antes da pandemia. “Por isso utilizamos muito o nosso parque infantil, por exemplo, que foi todo pensado para contribuir no desenvolvimento habilidades sociais e motoras enquanto as crianças têm momentos de lazer e diversão que estimulam a imaginação e criam memórias afetivas que a acompanharão por toda a vida”, diz.
Isso porque o parque infantil permite que a socialização aconteça de forma mais natural e tranquila, contribuindo para essa construção das relações das crianças, além de favorecer o aprimoramento motor. “É um espaço responsável pela maturação neurológica dos alunos, e que se consolida até os sete anos de idade. Então de um a três anos, estamos numa fase de intenso desenvolvimento motor: tonicidade, agilidade e força”, completa.
Lia explica ainda que o local deve ser planejado para mostrar a potencialidade da criança no enfrentamento de uma situação nova, e precisa ser desafiador. “O parque é um ambiente pensado e planejado nas necessidades da criança de hoje, que são ativas, curiosas, exploram tudo e interagem o tempo todo com outras crianças e com os materiais à sua disposição”.
A coordenadora do Colégio Divino Salvador conta que o espaço ainda colabora diretamente com os desafios para que as crianças saibam lidar com as situações da vida. “No parque a criança tem que lidar com o medo, a confiança. Descobre a importância de solicitar ajuda a algum adulto, reage perante uma dificuldade e entende sua potencialidade diante do brincar. À medida em que se sente capaz, ela se torna mais forte emocionalmente ao lidar situações adversas”.
Neste sentido, a relação entre professor e aluno também é fortalecida. Ali se passa a conhecer ainda mais a criança, como ela se relaciona com os colegas, observa suas conquistas e inseguranças diante do novo. “Consideramos que o ambiente também é um educador, contribui para a criatividade e relacionamento social”.
Sobre o Colégio Divino Salvador
Há mais de 65 anos o Colégio Divino Salvador ensina crianças e jovens da educação infantil ao ensino médio, sustentado pelos valores cristãos e pelo carisma salvatoriano.
Com uma proposta pedagógica que visa formar pessoas conscientes de seus direitos e deveres pessoais, políticos e culturais, compromissadas eticamente com o bem comum e com a sustentabilidade do meio ambiente, que saibam intervir na sociedade para torná-la melhor e que respeitem as diversidades humanas e culturais.
Conheça o colégio em www.divinojundiai.com.br.